“Um platô está sempre no meio, nem início nem fim. Um rizoma é feito de platôs. Chamamos platô toda multiplicidade conectável com outras hastes subterrâneas superficiais de maneira a formar e estender um rizoma. Escrevemos este livro como um rizoma. Compusemo-lo com platôs. Tivemos experiências alucinatórias, vimos linhas, como fileiras de formiguinhas, abandonar um platô para ir a um outro. Cada platô pode ser lido em qualquer posição e posto em relação com qualquer outro.” (Mil platôs, vol.1, Gilles Deleuze e Felix Guattari)
caminhar...
Os trabalhos aqui apresentados, fazem parte da experiência realizada a partir da disciplina cursada do programa de pós-graduação em Multimeios da Unicamp no segundo semestre de 2010. A disciplina tem como tema, “Epistemologia e Antropologia da Comunicação Visual - Arqueologia das mídias – uma abordagem semiótica”, ministradas por Ernesto Boccara
Ementa da disciplina
Como se constrói nosso saber, melhor dizendo, as idéias e representações que fazemos do chamado real? Com base nisto:1) encarar a comunicação humana (a fotografia e o cinema em especial) não mais e apenas como um ato mediático e sim como um fato cultural, uma instituição e um sistema social; 2) delinear, de forma concreta, algumas das constelações conceituais relativas à comunicação visual, tais como: observação; realidade/ficção; informação, contexto, aprendizagem, tipos e níveis de comunicação. Singularidades dos dispositivos comunicacionais
(Ementa completa na pagina - www.labirintico.blogspot.com/p/ementa.html)
Design e a convergência das mídias
Design e a convergencia das midias by labirintica
ACITÓIMES
A partir das imagens captadas durante o semestre, desde imagens e sons de exposições teórica das aulas, transitando pelo cotidiano da universidade e mais filmes projetados durante as aulas, realizamos uma seleção dessas imagens, com o acumulo e a fragmentação de pequenos episódios do processo criativo, o vídeo reinventa suas próprias imagens, em uma fragmentação de imagens já usadas em outros vídeos, sendo (re) significadas em outro contexto e outro formato que sofre interrupções e retomadas, re-significando e alterando o olhar para a narrativa
Este vídeo foi apresentado na disciplina Epistemologia e Antropologia da Comunicação Visual: Arqueologia das mídias - uma abordagem semiótica
Ccomentários do vídeo após a projeção
O interessante é ver o que você faz com a teoria, quando você passa a observar o cotidiano a partir desse olhar, olhado pela teoria. Portanto a instrução de um significado que se dá a partir da teoria. O que eu acho interessante é que você mostra o que se passa, quer dizer, sem desconsiderar o fato que essa teoria pode nos permitir estabelecer uma ordem na nossa percepção, esse caos que de alguma maneira você vive como um ser perceptivo, esse percurso cotidiano da nossa existência, então, buscar um sentido, te da uma certa ordem, porque o processo cognitivo aparece de alguma forma e o signo é uma unidade elementar desse principio de ordem, os signos, bilhões de signos se interconectam para construir a significação de varias formas. Achei interessante o teu esforço de dentro da teoria que aparece no espaço de aula, aparentemente bastante abstrato, imediatamente encontrando o rebatimento no teu cotidiano, você tentou estabelecer essa relação. Eu achei interessante porque muitas vezes bate, você consegue ilustrar através de alguns exemplos, de qualquer forma pelo fluxos que o pensamento flui, ele flui nos corpos individuais, pra formação de um corpo hipotético coletivo, o pensamento dominante, o pensamento que se incorpora em cada individuo como uma grande matriz, que os indivíduos passam a orientar sua vontade consciente de acordo com esse logos, com esse nexos, com esse fluxo continuo do pensamento...
...Na materialidade dos ônibus, da estrada, dos sinais de transito, da musica, dessa materialidade que se estrutura os signos através de suas formas materiais que são os significantes, pra orientar nossa vontade individual dentro desse corpo coletivo, nós nos tornamos um corpo coletivo, que pressupõe que esse movimento todo seja harmônico, ordenado, há uma ordem nesse movimento, e você através dessa linguagem do vídeo, faz essa relação o tempo todo, o curioso é como isso rebate em sua mente, como você interpretou isso, como você tentou encontrar no teu cotidiano, esses elementos colocados abstratamente pela teoria, foi isso que eu entendi, esse esforço. È interessante porque agente se vê, agente vê o aluno, agente vê a caneta, a voz da Silvia, agente é recebido pela voz da Silvia, então agente sabe, estamos aqui, então agente se reconhece, tem uma identificação. Eu acho interessante no final do curso acontecer isso, agente se vê...
PASSAGENS LABIRINTICAS
Rizoma dun Caminhar Intérnetico
Resumo: Este texto surge a partir do processo de investigação e criação dos trabalhos realizados em vídeos, textos, fotos, áudios e hipertextos. O texto investiga o “caminhar da internet” e suas “linguagens”, utilizamos como sustentação teórica as propostas de, Pierce onde “o significado de um signo é sempre outro signo”, transitando nos conceitos de hipermídia pesquisados por Santaella. O trabalho aborda as novas estruturas de criação e comunicação a partir da internet, sendo assim, como criar um processo de criação hipertextual a partir do contato e diálogo com o outro, sejam alunos, professores ou funcionários, e o cotidiano da universidade, assim como aulas, palestras, seminários, apresentações artísticas e cientificas. O foco para esta investigação é a leitura e a prática das referencias teóricas proposta pelas disciplinas em dialogo com o cotidiano acadêmico. A proposta deste trabalho é reler a experiência dos trabalhos apresentados junto a este texto, uma mídia DVD, contendo alguns vídeos do processo de construção dos trabalhos investigados na Unicamp.
Importa a este texto apresentar e discutir a criação e manutenção de uma pagina na internet, nomeadamente conhecida como blog.
A internet criada como um projeto de estratégia militar fica durante muito tempo restrita a instituições de ensino e pesquisa
a internet teve como idéia inicial criar uma rede que fosse capaz de interligar pontos importantes, como centro de pesquisa e tecnologia ligados a estratégia de defesa. A idéia de independência e autonomia, compartilhar por instituto de pesquisa acadêmica, guarda a ironia de ter-se transformado numa alternativa ao pensamento massificado dos meios de comunicação dominante na década de 1960, além da própria preocupação de salvaguardar informações exercendo forte controle sobre elas, presentes na condução dos assuntos pelas vias militares. (BEKESAS, 2006:52)
Sua chegada no mercado comercial se deu em 1960 quando seu acesso foi aberto a todos que tivessem os meios técnicos para o encontro: modem e linha telefônica. Em seu livro A inteligência coletiva por uma antropologia do ciberespaço, Levy fala que “não há identidade estável na informática porque os computadores são redes de interfaces abertas a novas conexões imprevisíveis que podem transformar radicalmente seu significado e uso”. Segundo Lévy, o surgimento da internet conforme a conhecemos hoje surgiu,
"década de 80, apresentando, a partir de então, um crescimento surpreendente, não apenas em número de usuários, mas também em volume de informações disponível. O espírito dominante da internet é o de compartilhar a informação e divulgá-la e torná-la acessível a seus milhões de usuários. A evolução dos serviços prestados na internet também é um determinante de sua popularização. Estes serviços e aplicações da Internet chegam ao usuário através de provedores, estes provedores nada mais são do que computadores específicos que concentram uma grande quantidade de informação e possibilitam que outras máquinas o acessem e obtenham estas informações". (LÉVY, 1998:12)
O norte para esta pesquisa será a investigação do hipertexto, presente em qualquer site da Internet através dos hiperlinks, compostos por fragmentos de texto, imagens e sons interligados.
Considera-se Ted Nelson o inventor do termo hipertexto, no início dos anos 60, quando exprime o sonho de manter os pensamentos em sua estrutura multidimensional e não seqüencial. O autor define: "As idéias não precisam ser separadas nunca mais (...) Assim eu defino o termo hipertexto, simplesmente como escritas associadas não-seqüenciais, conexões possíveis de se seguir, oportunidades de leitura em diferentes direções". (apud. Leão 1999:21)
Para Leão (1999:15) “o hipertexto é um documento digital composto por diferentes blocos de informações interconectadas, essas informações são amarradas por meio de elos associativos, os links, os links permitem que o usuário avance em sua leitura na ordem que desejar.” Os hiperlinks são elos associativos, verdadeiras pontes entre diferentes espaços, que ao serem clicados podem tanto aprofundar um determinado assunto como mostrar outros assuntos próximos e relacionados. Conforme Leão (1999: 19), “os Links do hipertexto possibilitam que um documento possa ser consultado de diversas maneiras, criando uma estrutura dinâmica, aberta.” Santaella (2004:49) complementa “em vez de um fluxo linear de texto como é próprio da linguagem verbal impressa, no livro particularmente, o hipertexto quebra essa linearidade em unidade ou módulos de informação, constituindo de partes ou fragmentos de textos.
Por meio destes, a própria realidade, considerada aqui como a experiência simbólica, material dos indivíduos, pode ser inteiramente captada já que se encontra imersa em uma composição de imagens virtuais. Em seu livro Arqueologia do saber, Foucault nos traz elementos que caracterizam as novas relações sociais que estamos diariamente envolvidos , onde o “fazer aparecer, em sua pureza o espaço em que se desenvolvem os acontecimentos discursivos não é tentar restabelecê-lo em um isolamento que nada poderia superar; não é fechá-lo em si mesmo; é tornar-se livre para descrever, nele e fora dele, jogos de relações.”
As observações de Foucault nos aponta esse novo sujeito da modernidade, onde o mesmo tem a possibilidade de constituir-se a si mesmo, sendo autores de suas próprias historias e encontrando nela novos meios de percepção e relacionamento com o tempo espaço. Para Foucault,
"a historia continua e o correlato indispensável a função fundadora do sujeito: a garantia de que tudo que lhe escapou poderá ser devolvido; a certeza de que o tempo nada dispersara sem reconstituí-lo em uma unidade recomposta; a promessa de que o sujeito poderá, um dia – sob forma da consciência histórica -, se apropriar, novamente, de todas essas coisas mantidas a distancia pela diferença, restaurar seu domínio sobre elas e encontrar o que se pode chamar sua morada. Fazer a analise histórica o discurso continuo, e fazer da consciência humana o sujeito originário de todo devir e de toda pratica são as duas faces de um mesmo sistema de pensamento". (FAUCAULT, 1997: 14-15)
Essa critica que o autor nos aponta, da exclusão dos sujeitos como criadores da historia, decorre desse pensar sobre o conhecimento que a tempo apenas pequena parcela da sociedade o possui, isso acarreta uma enorme exclusão social, aumenta a pobreza e gera desigualdades, o que resulta numa extrema desagregação social, que atinge a todos os níveis da sociedade no âmbito do sujeito, e faz fervilharem todos os seus sentimentos, e ao mesmo tempo cria um vazio que o deixa em completo abandono e solidão.
A tradição dos oprimidos nos ensina que o “estado de exceção” em que vivemos é na verdade a regra geral. Precisamos construir um conceito de historia que corresponda a essa verdade. Nesse momento, percebemos que nossa tarefa é originar um verdadeiro estado de exceção; com isso, nossa posição ficara mais forte na luta contra o fascismo. Este se beneficia da circunstancia de que seus adversários o enfrentam em nome do progresso, considerado como uma norma histórica. O assombro com o fato de que os episódios que vivemos no século XX “ainda” sejam possíveis, não é um assombro filosófico. Ele não gera nenhum conhecimento, a não ser o conhecimento de que a concepção de historia da qual emana semelhante assombro é insustentável. (BENJAMIM, 1985: 226)
Contudo, não há como deixar de se reconhecer, que o Capitalismo e suas estruturas reproduzem a ruptura social com uma capacidade vertiginosa, dificultando até mesmo a compreensão do processo como um todo. O sujeito é a primeira vitima dessa historia, ele assim fragmentado, fragilizado, representa a vítima perfeita da exclusão social, e paradoxalmente pronta está para reproduzir a mesma “desgraça” e desesperança que vive.
"mais recentemente, quando as pesquisas da psicanálise, da lingüística, da etnologia, descentraram o sujeito em relação as leis de seu desejo, as formas de sua linguagem, as regras de sua ação, ou aos jogos de seus discursos míticos ou fabulosos, quando ficou claro que o próprio homem, interrogado sobre o que era, não podia explicar sua sexualidade e seu inconsciente, as formas sistemática de sua língua ou a regularidade de sua ficções, novamente o tema de uma continuidade da historia foi reativado: uma historia que não seria escansão, mas devir; que não seria jogo de relações, mas dinamismo interno; que não seria forma, mas esforço incessante de uma consciência em se recompor e em tentar readquirir o domínio de si próprio". (FAUCAULT, 1997: 15)
Qual aceso ao conhecimento realmente temos? Os conhecimentos são submetidos as idéias? Quais idéias temos de nos mesmo? o pensamento emerge da matéria? Dentro da idéia de pensamento o materialismo tem uma grande força de liberdade, devida as bases materiais do ser humano, assim como plantar, colher, comer, as quais ao longo de sua existência o ser humano vem construindo. Para Pierce (PIERCE, 1931:55) “o pensamento é apenas um de tais sistemas e seu único motivo, idéia e função é produzir crença, pertencendo a outro sistema de relações tudo que não concerne a esse propósito.” Esta crença que o autor coloca é construída através dos ideais que o ser humano vem alimentando ao longo de sua existência, os fatos que ainda não aconteceu tanto na base material quanto nas imateriais são os princípios para a locomoção, acarretando a mudança no ser humano em cada época . Segundo Pierce (PIERCE, 1931:56) a mudança no ser humano acontece através da crença a qual se divide em três fases, a primeira, “é algo de que estamos cientes; segundo, aplaca a irritação da duvida; e, terceiro, envolve o surgimento, em nossa natureza, de uma regra de ação, ou, digamos com brevidade, o surgimento de um habito.” A mente incorpora o objeto dentro de si, passando pela percepção, após essa primeira percepção ela é substituída por outra, assim para Pierce,
Todo nosso conhecimento baseia-se em juízo perceptivos. Estes são necessariamente verídicos num grau maior ou menor conforme o esforço feito, mas não há significado em dizer-se que tem outra verdade que não veracidade, porquanto um juízo perceptivo nunca pode ser repetido. (PIERCE, 1931:206)
O pensamento esta no fluxo das sensações que através do corpo vem se manifestar. Para Pierce “o pensamento esta nas coisas” no mundo da matéria, ele tenta encontrar situações de continuação de existência dos seres. Para Bergson “a matéria é um conjunto de imagens” assim o corpo “é portanto, no conjunto do mundo material, uma imagem que atua como as outras imagens, recebendo e devolvendo movimento, com a única diferença, talvez, de que meu corpo parece escolher, em uma certa medida, a maneira de devolver o que recebe”
Proposta
A criação da pagina hipermídia visa dar suporte tecnológico das pesquisas teóricas e praticas realizada, através de aulas, seminários, defesa de teses, festas e o cotidiano da Universidade. As disciplinas cursadas serviram de base para a investigação e dialogo com os trabalhos e temas pesquisados por alunos e professores.
O material hipertextual publicado é o processo de investigação e criação realizado durante o semestre, a pesquisa tem como tema “Passagens Labirínticas”. Trata-se de um projeto de investigação que envolve a realização de vídeos, hipertexto, fotos, textos e musicas.
Os conteúdos a serem investigados e publicados no blog fazem parte da pesquisa investigada a partir da disciplina Epistemologia e Antropologia da Comunicação Visual - Arqueologia das mídias, ministrada pelo Prof. Ernesto Boccara – uma abordagem semiótica.
Foram levados em conta, mapeamentos e trajetos realizados por alunos dentro e fora da universidade; pesquisa teórica e prática dos conteúdos investigados; debates; exposições, apresentações e historias relacionada aos temas abordados. Toda esta investigação foi construída tendo como base para a elaboração da estrutura hipermídia. Procuramos refletir sobre a ligação do processo de criação e o universo tecnológico o qual estamos atualmente inseridos. Publicamos vídeos, fotomontagens, áudios e textos do processo de criação transitando por estes hibridismos de linguagens pontuadas de imagens e sons.
Com o acumulo da investigação das imagens, textos e sons, exploramos as estruturas hipertextuais das paginas, seus enquadramentos e durações, cortes e cores. Utilizamos os conceitos proposto por Pierce na estrutura da pagina, para o autor um processo de significação de um signo é sempre outro signo.
Um signo, ou representamem, é algo que, sob certo aspecto ou de algum modo, representa alguma coisa para alguém. Dirige-se a alguém, isto é, cria na mente dessa pessoa um signo equivalente ou talvez um signo melhor desenvolvido. Ao signo, assim criado, denomino interpretante do primeiro signo. O signo representa alguma coisa, seu objeto. Representa esse objeto não em todos os seus aspectos, mas com referencia a um tipo de idéia que eu, por vezes, denominei fundamento do representamen. (PIERCE, 1931:94)
A pesquisa explora todo um conjunto de linguagens interconectadas, cada qual com a sua dinâmica de interação, desenvolvendo uma narrativa através da hibridização de linguagens e mídias, gerando a possibilidade de novos espaços de criação e comunicação. Segundo Pierce (1931:47) “um signo pode ter mais de um objeto...Mas o conjunto dos objetos pode ser considerado como constituinte de um objeto complexo...os signos serão considerados como tenso cada um apenas um objeto...o signo representa o objeto ou conjunto de Objetos que representa. Tentando entender esse pensamento dos signos Santaella nos aponta,
O dialogismo pierceano implica o signo entendido como processo, fluxo continuo. Por isso, a linguagem não esta em nós. Ao contrario, nós estamos no movimento da linguagem, no seu passado, presente e devir. Por estarmos na linguagem, nosso eu individual e necessariamente vago, sem contornos perfeitamente definidos. O que da unidade e consistência ao individual e o signo que, por sua vez, e inalienavelmente social. (SANTAELLA, 2004:170)
O signo age de forma virtual em nossas mentes, o que chamamos de pensamentos sua forma, cor, aparência, etc, não são signos no momento que emitimos ações sobre elas, para o signo surtir efeito há de haver uma abertura em nossas percepções de entendimento com o mundo. A partir desse conceitos de Pierce, investigamos nas paginas hipertextuais, as luzes e sombras, nos sons, harmonia e ruídos; nos textos, linearidade e não-linear e no corpo das paginas equilíbrio e cansaço. Abrimos uma conta na pagina da internet www.google.com , criando um email esferalabiríntica@gmail.com , o que possibilitou criar uma pagina Hipermídia (blog) com o endereço www.labirintico.blogspot.com . Gravamos textos de referencias teóricas e aulas em áudio e publicamos no site de hospedagem de áudio www.soundcloud.com . É possível acompanhar os assuntos abordados em áudio, assim como as aulas, apresentações e seminários. Postamos os vídeos no site de hospedagem de vídeo www.youtube.com
Organizamos toda a criação de textos, fotos, vídeos, fotomontagens e áudios em uma estrutura hipertextual, sendo publicado no endereço www.labirintico.blogspot.com
A pagina constitui um arquivo multimídia que, além de organizar as criações do processo de investigação tornando-o publico é possível participar, interagir, criticar, comentar, propor diretamente no blog ou em links onde constarão as publicações.
A construção do blog visa à produção de conhecimento que auxilie a nortear a criação de linguagens interconectadas, e a partir desse dialogo gere propostas de provocações, intervenções e criação, abrindo as possibilidades de contato entre a teoria e a pratica. Para os que acessarem o blog, sejam eles artistas, estudantes e pesquisadores de musica, teatro, vídeo, artes visuais, através das leituras dos textos, fotos, áudios e vídeos, será possível conhecer o trabalho e se utilizar de métodos, experiências e referencias abordados e pesquisados. Almeja-se assim em uma etapa futura criar um repertório de procedimentos de ensaios, suportes de exibição e banco de dados tornando-os disponíveis para estudos que busquem uma melhor compreensão de seu tempo e cultura.
Os conteúdos a serem publicados no e não se restringem apenas a estudantes, pois trabalharemos com diversas outras linguagens, assim, os visitantes das paginas percorrerá prontos para novas sensações e descobertas.
“Não mais representar o visível, mas tornar visível.” Paul Klee
“Mantiveram-nos durante muito tempo na alternativa: ou sereis indivíduos e pessoas, ou vos reunireis a um fundo anônimo e indifirençado.
Nos descobrimos, todavia, um mundo de singularidades
pré-individuais, impessoais.
Elas não se reduzem aos indivíduos e nem as pessoas, e nem a um fundo sem diferença. São singularidades móveis, ladras e voadoras, que passam de um a outro, que arrombam, que formam anarquias, que habitam um espaço nômade.”
(Gilles Deleuze)
Áudio - O universo é completamente indiferente ao homem. Por Ernesto Boccara
O universo é completamente indiferente ao homem. by labirintica
Em aula Bocara expõe alguns conceitos sobre significado
Bocara expõe alguns conceitos sobre Mente interpretante
Comentários após a projeção do vídeo - "ACITÓIMES"
...“nossa, o negócio parece que é sério né ”, o pessoal ta acreditando nessa história, e ai fiquei pensando, quem concedi isso? Essa concessão é dada pela universidade, pelo respaldo que a universidade publica tem, respalda por exemplo com livro, abstrato como esse, que agente elabora o discurso da teoria, há um respaldo, você tentou construir esse ambiente assim sólido, os prédios, os ônibus, o cara lavando o ônibus, toda essa estrutura para carregar as pessoas pra sala de aula, levá-las de volta pra casa, estabelecer este processo de construção de uma consciência, que é a matéria prima da universidade, agente não produz alguma coisa concreta, a não ser a consciência, a possibilidade de levar as pessoas a outro nível de consciência, de auto observação, de auto consciência, como eu já disse varias vezes pra voçêis, a ciência dos signos ela é extremamente sofisticada ela ta tentando entender de como que o pensamento pensa, esse fluxo continuo que ta na nossa mente 24 horas e que o tempo todo tenta estabelecer uma ordem de significação desse caos perceptivo, que agente percebe, agente é um ser sensório mergulhado nesse universo de sinais, e agente da uma ordem, precisamos dar uma ordem, porque essa é a maneira através de qual nos constituímos, não mais apenas como individuo organismo animal, mas como sociedade, um grande corpo coletivo consciente, então, eu tive essa sensação quando eu vi as cenas do espaço da universidade, e dá o respaldo, garante que isso parece ser sério ou deve ser algo que se aproxima do sério, deve ser algo que tem a ver com a verdade, os fatos, estamos aqui seriamente envolvidos com desejo de defrontarmos a construção da consciência, como a consciência se constrói, que isso que é fundamental, que muitas vezes o aluno não entende isso, ele não percebe que a nossa matéria aqui entre aspas, não é um produto concreto, é a consciência. O que significa ficar 5 anos, o que significa ficar 2 anos e meio no mestrado, mais quatro anos no doutorado, esse seu ir e vir, ir e vir, o que significa isso?esse esforço, no fundo, no fundo, o que ele resulta? ele resulta um outro nível de consciência, não temos um produto concreto, temos as pesquisas, temos relatórios, enfim, mais o que sai disso?o que essa máquina toda produz? outro nível de consciência, na linguagem do cinema, na linguagem das artes plásticas, na linguagem da musica, da dança, então eu acho interessante, é a primeira vez que alguém faz esse retorno no final do curso. Muitas vezes o aluno se pergunta por que agente tem feito esse rituais no final do semestre essas apresentações? É uma devolutiva, que o aluno mostra o seu trabalho, o seu processo usando os recursos que agente tem, não precisa ser muitos sofisticado pode ser de uma maneira simples, com tua câmera na mão e o fio teórico estabelecido pela ciência do signos. Eu acho isso interessante, mostrando como isso bateu, como isso bate, atinge, essa é a finalidade, despertar a importância
Trabalhos finais apresentados 02/09 dez 2010
Leituras do semestre
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e Política. Tradução Ed. Brasiliense. Ed. 1. São Paulo, 1985
BEKESAS, Wilson Roberto. Interface da notícia nos meios impresso e digital; Mestrado: PUCSP, 2006
FOULCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Tradução de Luiz Felipe baeta neves – 5. Ed. Rio de janeiro: Forense Universitária, 1997
LEAO, Lucia. O labirinto da Hipermídia: arquitetura e navegação no Ciberespaço. Ed. Iluminarias – São Paulo, 1999
LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva por uma antropologia do ciberespaço, São Paulo: Ed. Loyola, 1998
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. Tradução Jose Teixeira Coelho Neto; Ed. Perspectiva São Paulo, 1977
___________________. Semiótica e Filosofia. Tradução Octanny da mota e Leônidas Hegenberg. Ed. Cultrux São Paulo, 1974
SANTAELLA, Lucia. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo – são Paulo: Palus, 2004